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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
TERRA DA OPALA
The municipality of Pedro II - PI is the world's second exporter of opal gem, activity, however, unhealthy for more than three hundred local miners bamburristas. These, in addition to not get the substantial part of economic and symbolic bonus of trade of opal, they are suffering, for the last six decades, a historical process of social invisibility. The article, makes use of the method of analysis of discourse to examine the catalog of opal jewelry edited in 2007 by supporters of the Local Production System of Opal, showing that the reproduction of that invisibility is endorsed by those who should help fight it.
O TRABALHO NO GARIMPO
Nesse sentido, o trabalho no garimpo não é visto nem assimilado pelos próprios bamburristas tão somente como um trabalho, uma ocupação, uma tarefa (árdua, por sinal), mas é tido como um “passa-tempo”, o que talvez dificulte a construção de uma imagem de trabalhador por parte dos demais sujeitos do ramo de opala, acerca dos bamburristas, assim como deles próprios. Desta forma, é compreensível a fala de um deles sobre seu cotidiano. “Rapaz, [pausa] garimpeiro mesm... É poucos. Garimpeiro mesmo. Porque nós, nós, eu não me acho, assim..., Porque eu trabalho lá no garimpo, mas eu não sou garimpeiro. Eu trabalho lá no garimpo, é provisório também. Eu acho bom ir pra lá...”. Só que minutos antes, na mesma entrevista ele havia declarado: “(...) comecei a trabalhar com eles [donos de garimpo], tinha uns quinze anos” , isto é, o Sr. Sitõe, embora trabalhe no garimpo há quarenta e oito anos, não se apercebe como trabalhador.
Na opinião de outro velho ex-bamburrista, isso ocorre porque “a gente não tem pra onde ir, tem que ir pro garimpo mesmo, porque a gente não faz nada, mas um dia pode arrumar alguma coisa” . Ressalta-se que o Sr. Arimatéia, segundo a tipologia adotada nesse trabalho, seria considerado um médio garimpeiro. No entanto, parece assumir a condição de bamburrista do passado, tendo sido, inclusive membro do conselho fiscal da COOGP, na gestão anterior, de junho de 2005 a junho de 2008. Para o Sr. Arimatéia, os bamburristas não se identificam como tal porque “têm medo [da falta] da aposentadoria”. Dessa forma, muitos bamburristas, ainda na ativa, são aposentados como trabalhadores rurais, pois “o garimpeiro daqui tudo é agricultor. No inverno [período chuvoso, de novembro a março] ele tá fazendo a roça, no verão [período de estiagem, de abril a novembro] ele tá no garimpo, né?”. Essa sazonalidade é confirmada pela extensionista da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater – PI, Aldenira Martins, na pesquisa de campo. Segundo ela, é bem mais fácil para esses homens se aposentarem como trabalhadores rurais do que como garimpeiros, o que aponta, talvez, para a precariedade de uma política de trabalho e proteção social a esse tipo de trabalhador. O Sr. Arimatéia, contudo, diz acreditar que, com a criação da COOGP, muitos sócios irão se aposentar como garimpeiros. Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pedro II - STR, Sr. Manoel dos Santos, Manelito, confirmou que nos últimos dois anos (2005-2007) alguns bamburristas que estavam sindicalizados como trabalhadores rurais pediram desfiliação do sindicato e se filiaram à COOGP.
No entanto, em que pesem esses problemas reais na vida dos bamburristas, a maneira como se referem ao garimpo revela o quanto este representa para si mesmos, indo muito além de um mero lugar físico, de um buraco na terra do qual tiram seu sustento diário e ao qual estão presos muitos de seus sonhos. (Trecho de minha dissertação de mestrado).
Na opinião de outro velho ex-bamburrista, isso ocorre porque “a gente não tem pra onde ir, tem que ir pro garimpo mesmo, porque a gente não faz nada, mas um dia pode arrumar alguma coisa” . Ressalta-se que o Sr. Arimatéia, segundo a tipologia adotada nesse trabalho, seria considerado um médio garimpeiro. No entanto, parece assumir a condição de bamburrista do passado, tendo sido, inclusive membro do conselho fiscal da COOGP, na gestão anterior, de junho de 2005 a junho de 2008. Para o Sr. Arimatéia, os bamburristas não se identificam como tal porque “têm medo [da falta] da aposentadoria”. Dessa forma, muitos bamburristas, ainda na ativa, são aposentados como trabalhadores rurais, pois “o garimpeiro daqui tudo é agricultor. No inverno [período chuvoso, de novembro a março] ele tá fazendo a roça, no verão [período de estiagem, de abril a novembro] ele tá no garimpo, né?”. Essa sazonalidade é confirmada pela extensionista da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater – PI, Aldenira Martins, na pesquisa de campo. Segundo ela, é bem mais fácil para esses homens se aposentarem como trabalhadores rurais do que como garimpeiros, o que aponta, talvez, para a precariedade de uma política de trabalho e proteção social a esse tipo de trabalhador. O Sr. Arimatéia, contudo, diz acreditar que, com a criação da COOGP, muitos sócios irão se aposentar como garimpeiros. Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pedro II - STR, Sr. Manoel dos Santos, Manelito, confirmou que nos últimos dois anos (2005-2007) alguns bamburristas que estavam sindicalizados como trabalhadores rurais pediram desfiliação do sindicato e se filiaram à COOGP.
No entanto, em que pesem esses problemas reais na vida dos bamburristas, a maneira como se referem ao garimpo revela o quanto este representa para si mesmos, indo muito além de um mero lugar físico, de um buraco na terra do qual tiram seu sustento diário e ao qual estão presos muitos de seus sonhos. (Trecho de minha dissertação de mestrado).
AS PRÁTICAS GARIMPEIRAS
As atividades garimpeiras são também conhecidas como “práticas garimpeiras”, se bem que esta última denominação pode conter um significado mais amplo, indo além do espaço do garimpo e já incorporando os modos de ser dos garimpeiros. Essas atividades ocorrem no âmbito do garimpo. Nesse ponto, faz-se necessário precisar os significados dos termos “garimpo” (e “mina”), e “garimpeiro”, que referem, respectivamente, o espaço e os sujeitos abordados nessa pesquisa. Cotidianamente as definições dadas a garimpo e mina são polissêmicas. Ora, tais termos são usados, indistintamente, para indicar o lugar da extração de minério. Assim, ouve-se de garimpeiros, por exemplo, que a mina do Boi Morto fica na Serra dos Matões ou que o garimpo do Cantinho foi fechado; ora, o sentido de mina e de garimpo está relacionado ao tipo de tecnologia usada na extração dos minérios. A mina seria o lugar de tecnologia mais sofisticada (maquinário pesado). O garimpo, por sua vez, o lugar onde se faz uso, apenas, de ferramentas rústicas (picaretas, pás e cavadores, dentre outras). Como a região da mina Boi Morto durante muito tempo foi palco de operações de escavação realizadas por mineradoras , os garimpeiros, provavelmente, quando usam o termo mina se referindo à região, estão pensando no tipo de ferramentas ali empregadas. Outras vezes, ainda, o termo mina é empregado em sentido genérico: “cavidade artificial na terra, para se extraírem minérios, combustíveis, água, etc” (FERREIRA, 1988, p. 432). Nesse sentido, todo garimpo seria uma mina, só que localizado em lugares baixos, próximos a cursos de água (DICIONÁRIO..., 2007).
Por sua vez, o termo garimpeiro também é polissêmico. Pode ser usado tanto para referir o dono de extensas áreas de terra não tituladas, equipamentos de médio e grande porte, como também o trabalhador, que tem apenas sua força de trabalho, de mina ou garimpo . Pode-se também distinguir o garimpeiro do mineiro dizendo que enquanto o primeiro exerce o trabalho com o uso de ferramentas primitivas, a céu aberto, o segundo maneja ferramentas mais complexas, no interior da Terra.(Trecho de minha dissertação de mestrado).
Por sua vez, o termo garimpeiro também é polissêmico. Pode ser usado tanto para referir o dono de extensas áreas de terra não tituladas, equipamentos de médio e grande porte, como também o trabalhador, que tem apenas sua força de trabalho, de mina ou garimpo . Pode-se também distinguir o garimpeiro do mineiro dizendo que enquanto o primeiro exerce o trabalho com o uso de ferramentas primitivas, a céu aberto, o segundo maneja ferramentas mais complexas, no interior da Terra.(Trecho de minha dissertação de mestrado).
A BUSCA ANCESTRAL DOS HUMANOS POR MINÉRIO
A interação do ser humano com os minerais e minérios remonta a tempos imemoriais. Fonte primeira da vida, do sustento do próprio ser humano, a natureza com suas potencialidades transformadas em recursos ambientais , foi, e continua sendo vista como a grande mãe provedora, fonte inesgotável de suprimentos para esse animal, que ao contrário dos demais, modifica profundamente o ambiente onde vive, visando a seus próprios interesses. A utilização dos minerais na fabricação de utensílios domésticos, bélicos e artísticos, insere-se nessa visão providencialista do homem para com a natureza. Enquanto a atividade de mineração (ou mineratória) se utiliza de instrumentos mais sofisticados para a extração de minérios localizados em depósitos subterrâneos, a de garimpo (ou garimpagem) é atividade artesanal, ocorrida em região de aluvião, que emprega instrumentos rudimentares, as práticas mineradoras, assim como as de garimpagem, aparecem como uma constante na maioria das sociedades humanas estudadas. Panelas e potes, vasos e lanças, jóias, adornos corporais e estátuas, enfim, objetos que têm nos minerais sua razão de ser, polvilham a história de grupos humanos os mais diferenciados no tempo e no espaço (NEVES, 2007).
Em quase todas as cosmogonias, narrativas que procuram explicar a criação do universo, e teogonias, cosmogonias centrada na deidade, há alusão a minerais como um dos elementos basilares das civilizações (PAULI, 2007), em função, provavelmente, dessa imbricada relação dos humanos com aqueles. No mundo ocidental cristão, por exemplo, a narrativa bíblica de Adão, palavra que significa “homem de barro”, é emblemática. Adão, segundo as escrituras sagradas, teria sido criado por Deus, a partir do barro da Terra e recebido do criador uma alma, quando este lhe soprou as narinas. (Trecho de minha dissertação de mestrado)
Em quase todas as cosmogonias, narrativas que procuram explicar a criação do universo, e teogonias, cosmogonias centrada na deidade, há alusão a minerais como um dos elementos basilares das civilizações (PAULI, 2007), em função, provavelmente, dessa imbricada relação dos humanos com aqueles. No mundo ocidental cristão, por exemplo, a narrativa bíblica de Adão, palavra que significa “homem de barro”, é emblemática. Adão, segundo as escrituras sagradas, teria sido criado por Deus, a partir do barro da Terra e recebido do criador uma alma, quando este lhe soprou as narinas. (Trecho de minha dissertação de mestrado)
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
MENSAGEM DE ROMILDO LIMA (não é meu parente não)
Cidade: Adamantina-SP
É ISSO!
PARABÉNS PROFESSOR ERNANI PELO BRILHANTE TRABALHO QUE VEM REALIZANDO! PUBLIQUE O LIVRO. A OPALA É UMA RIQUEZA DE TODOS NÓS! QUERO LER O QUANTO ANTES...(no site do 180 graus).
É ISSO!
PARABÉNS PROFESSOR ERNANI PELO BRILHANTE TRABALHO QUE VEM REALIZANDO! PUBLIQUE O LIVRO. A OPALA É UMA RIQUEZA DE TODOS NÓS! QUERO LER O QUANTO ANTES...(no site do 180 graus).
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
BAMBURRISTAS DE OPALA
In a country known worldwide mainly by the export of raw materials, including those of mineral origin: precious stones and gems, the city of Pedro II - PI, known as' Land of Opal ', stands out as being the largest producer of gems, opal of good quality in the world. The workers of garimpos, unlike the other subjects of the production chain and the arrangement of opal production site, such as, entrepreneurs miners, jewelers and lapidários, meanwhile, have enjoyed little of the financial bonds and / or symbolic extraction of this gem. The purpose of this dissertation was to understand how the workers of opal garimpos of the municipality of Pedro II, as a group vitimized by a historical process of social invisibility, build your memory and negotiate their identities in the midst and outside the productive chain of opal and how they have been questioned by local production arrangement, while public policy of integration into production in the period from 2005 to 2007. From twelve semi-structured interviews, covering the various segments of the productive chain of opal, it was made use of the method of analysis of content-based Martin Bauer and George Gaskell, prioritizing the qualitative dimension; addition to the field visits, search literature in primary and secondary sources supported by Tim May, supported by theoretical concepts of Henri Bergson, Maurice Halbwachs, Michael, Le Goff, Pierre Nora, Emilia Godoi and Dione Moraes, among others. It was found that the subjects studied, despite the historical process of social invisibility, build their identities from the area of opal mining camps and their practices opal miner as well as negotiating with other subjects; prevail make a collective memory that shows their victimized condition of social group and develop strategies for reacting to pressure from other groups claiming for themselves the history of opal in Pedro II.
BAMBURRISTAS DE OPALA DE PEDRO II - PI
,Os bamburristas de opala do município de Pedro II-PI, grupo social que há sessenta anos compõe a base da cadeia produtiva da opala, constroem e renegociam sua identidade sociocultural, como pequenos garimpeiros, no bojo de um histórico processo de invisibilidade social. Nesta dissertação, abordam-se mecanismos e fatores que contribuem para a invisibilidade desses atores sociais, visado compreender como são vistos e se vêm no âmbito do Arranjo Produtivo Local - APL Opala, instituído em 2005. Com efeito, o desenho dessa política pública de inserção produtiva parece carecer de legitimidade para os bamburristas, ante o seu usufruto financeiro e simbólico da extração da gema de opala frente aos demais elos que se articulam no âmbito das atividades relacionadas à produção dessa gema. Numa abordagem de cunho qualitativo, o trabalho de campo teve por base a observação direta e, a partir de treze entrevistas semi-estruturadas, abrangendo os vários segmentos da cadeia produtiva da opala, em Pedro II, fez-se uso da análise de conteúdo enriquecida pelas pesquisas documental e bibliográfica. A despeito do processo histórico de invisibilidade social dos sujeitos pesquisados, constatou-se que estes dialogam e negociam com demais segmentos do APL Opala, no processo de reconstrução identitária, a partir de suas práticas garimpeiras e do garimpo como espaço físico e simbólico. Assim, ancoram-se em sua própria experiência e memória coletiva para fazer frente às pressões exercidas pelos demais grupos que reivindicam o protagonismo na história da opala em Pedro II.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
BAMBURRISTA DA TERRA DA OPALA: (MINHA TESE DE MESTRADO)
ABSTRACT
Bamburristas of opal gem from Pedro II (Piauí state, Brazil), a social group that for sixty years makes up the base of the productive chain of opal gem, build and renegotiate their sociocultural identity, as small opal miners, into a historical process of social invisibility. On this dissertation, approach mechanisms and factors that contribute for the invisibility of these social actors, aim at understand how they are seen and see themselves in the sphere of the Local Production System - LPS Opal, established in 2005. In fact, the drawing of that policy of production insertion seems to lack legitimacy to the bamburristas, before their financial and symbolic benefit face to the other links that articulate themselves into the sphere of the activities related to the production of that gem. On an approach of imprint quality, the fieldwork was based on the direct observation and, from thirteen semi-structure interviews, covering the various segments from the productive chain of opal gem, in Pedro II, it was made use of the content analysis enriched by documentary and bibliographic researches. Despite the historical process of social invisibility of the subjects researched, it was found that they talk and negotiate with other segments of the LPS Opal, in the reconstruction of identity process, from their opal miner practices and the opal mining as a physical and symbolic space. Thus, they anchor themselves in their own experience and collective memory to face the pressure from the other groups that claim the role in the history of opal in Pedro II.
KEY-WORDS: Bamburristas, Sociocultural identity, social invisibility, opal mining, opal.
Bamburristas of opal gem from Pedro II (Piauí state, Brazil), a social group that for sixty years makes up the base of the productive chain of opal gem, build and renegotiate their sociocultural identity, as small opal miners, into a historical process of social invisibility. On this dissertation, approach mechanisms and factors that contribute for the invisibility of these social actors, aim at understand how they are seen and see themselves in the sphere of the Local Production System - LPS Opal, established in 2005. In fact, the drawing of that policy of production insertion seems to lack legitimacy to the bamburristas, before their financial and symbolic benefit face to the other links that articulate themselves into the sphere of the activities related to the production of that gem. On an approach of imprint quality, the fieldwork was based on the direct observation and, from thirteen semi-structure interviews, covering the various segments from the productive chain of opal gem, in Pedro II, it was made use of the content analysis enriched by documentary and bibliographic researches. Despite the historical process of social invisibility of the subjects researched, it was found that they talk and negotiate with other segments of the LPS Opal, in the reconstruction of identity process, from their opal miner practices and the opal mining as a physical and symbolic space. Thus, they anchor themselves in their own experience and collective memory to face the pressure from the other groups that claim the role in the history of opal in Pedro II.
KEY-WORDS: Bamburristas, Sociocultural identity, social invisibility, opal mining, opal.
BAMBURRISTAS DA TERRA DA OPALA:
RESUMO
Os bamburristas de opala do município de Pedro II-PI, grupo social que há sessenta anos compõe a base da cadeia produtiva da opala, constroem e renegociam sua identidade sociocultural, como pequenos garimpeiros, no bojo de um histórico processo de invisibilidade social. Nesta dissertação, abordam-se mecanismos e fatores que contribuem para a invisibilidade desses atores sociais, visado a compreender como são vistos e se vêm no âmbito do Arranjo Produtivo Local - APL Opala, instituído em 2005. Com efeito, o desenho dessa política pública de inserção produtiva parece carecer de legitimidade para os bamburristas, ante o seu usufruto financeiro e simbólico da extração da gema de opala frente aos demais elos que se articulam no âmbito das atividades relacionadas à produção dessa gema. Numa abordagem de cunho qualitativo, o trabalho de campo teve por base a observação direta e, a partir de treze entrevistas semi-estruturadas, abrangendo os vários segmentos da cadeia produtiva da opala, em Pedro II, fez-se uso da análise de conteúdo enriquecida pelas pesquisas documental e bibliográfica. A despeito do processo histórico de invisibilidade social dos sujeitos pesquisados, constatou-se que estes dialogam e negociam com demais segmentos do APL Opala, no processo de reconstrução identitária, a partir de suas práticas garimpeiras e do garimpo como espaço físico e simbólico. Assim, ancoram-se em sua própria experiência e memória coletiva para fazer frente às pressões exercidas pelos demais grupos que reivindicam o protagonismo na história da opala em Pedro II.
PALAVRAS-CHAVE: Bamburristas, Identidade sociocultural, Invisibilidade Social, Garimpo, Opala.
Os bamburristas de opala do município de Pedro II-PI, grupo social que há sessenta anos compõe a base da cadeia produtiva da opala, constroem e renegociam sua identidade sociocultural, como pequenos garimpeiros, no bojo de um histórico processo de invisibilidade social. Nesta dissertação, abordam-se mecanismos e fatores que contribuem para a invisibilidade desses atores sociais, visado a compreender como são vistos e se vêm no âmbito do Arranjo Produtivo Local - APL Opala, instituído em 2005. Com efeito, o desenho dessa política pública de inserção produtiva parece carecer de legitimidade para os bamburristas, ante o seu usufruto financeiro e simbólico da extração da gema de opala frente aos demais elos que se articulam no âmbito das atividades relacionadas à produção dessa gema. Numa abordagem de cunho qualitativo, o trabalho de campo teve por base a observação direta e, a partir de treze entrevistas semi-estruturadas, abrangendo os vários segmentos da cadeia produtiva da opala, em Pedro II, fez-se uso da análise de conteúdo enriquecida pelas pesquisas documental e bibliográfica. A despeito do processo histórico de invisibilidade social dos sujeitos pesquisados, constatou-se que estes dialogam e negociam com demais segmentos do APL Opala, no processo de reconstrução identitária, a partir de suas práticas garimpeiras e do garimpo como espaço físico e simbólico. Assim, ancoram-se em sua própria experiência e memória coletiva para fazer frente às pressões exercidas pelos demais grupos que reivindicam o protagonismo na história da opala em Pedro II.
PALAVRAS-CHAVE: Bamburristas, Identidade sociocultural, Invisibilidade Social, Garimpo, Opala.
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- ERNÂNI GETIRANA
- CIDADE: PEDRO II - A Terra da OPALA, PIAUÍ, Brazil
- Professor Mestre, autor (dentre outros livros) de "Lendas da Cidade de Pedro II", Estripulias de Rosa Doida", "Poemas na Pele", coletânea "Minha Terra Nossa', vencedor de diversos concursos de poesia; poemas editados por Cineas Santos, poemas publicados no BLOG DO NOBLAT. Membro da Academia Pedrossegundense de Letras e Artes. Professor Universitário. Promotor cultural, poeta.Pesquisador. Amante da Terra da Opala. Estudioso da Cruviana.Professor mestre, poeta, escritor, autor de "Lendas da cidade de Pedro II", e "Estripulias de Rosa Doida", dentre outros. Este é um espaço para quem quer saber o que estou escrevendo, pensando, fazendo, imaginando. Mas não de modo egocêntrico. Falo de mim para falar do mundo, esse mesmo aí de fora do qual você também faz parte. Ah, o GETIRANA é por conta de meu avô materno BIDOCA GETIRANA, um gênio (já falecido). Pedro II -Piauí- Brasil. Bem-vindo(a). Contato: ernani_lima@ig.com.br TWITTER: @Getirana