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PEQUENO GARIMPEIRO DE OPALA

PEQUENO GARIMPEIRO DE OPALA
Trabalho duro: invisibilizado socialmente

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

AS PRÁTICAS GARIMPEIRAS

As atividades garimpeiras são também conhecidas como “práticas garimpeiras”, se bem que esta última denominação pode conter um significado mais amplo, indo além do espaço do garimpo e já incorporando os modos de ser dos garimpeiros. Essas atividades ocorrem no âmbito do garimpo. Nesse ponto, faz-se necessário precisar os significados dos termos “garimpo” (e “mina”), e “garimpeiro”, que referem, respectivamente, o espaço e os sujeitos abordados nessa pesquisa. Cotidianamente as definições dadas a garimpo e mina são polissêmicas. Ora, tais termos são usados, indistintamente, para indicar o lugar da extração de minério. Assim, ouve-se de garimpeiros, por exemplo, que a mina do Boi Morto fica na Serra dos Matões ou que o garimpo do Cantinho foi fechado; ora, o sentido de mina e de garimpo está relacionado ao tipo de tecnologia usada na extração dos minérios. A mina seria o lugar de tecnologia mais sofisticada (maquinário pesado). O garimpo, por sua vez, o lugar onde se faz uso, apenas, de ferramentas rústicas (picaretas, pás e cavadores, dentre outras). Como a região da mina Boi Morto durante muito tempo foi palco de operações de escavação realizadas por mineradoras , os garimpeiros, provavelmente, quando usam o termo mina se referindo à região, estão pensando no tipo de ferramentas ali empregadas. Outras vezes, ainda, o termo mina é empregado em sentido genérico: “cavidade artificial na terra, para se extraírem minérios, combustíveis, água, etc” (FERREIRA, 1988, p. 432). Nesse sentido, todo garimpo seria uma mina, só que localizado em lugares baixos, próximos a cursos de água (DICIONÁRIO..., 2007).
Por sua vez, o termo garimpeiro também é polissêmico. Pode ser usado tanto para referir o dono de extensas áreas de terra não tituladas, equipamentos de médio e grande porte, como também o trabalhador, que tem apenas sua força de trabalho, de mina ou garimpo . Pode-se também distinguir o garimpeiro do mineiro dizendo que enquanto o primeiro exerce o trabalho com o uso de ferramentas primitivas, a céu aberto, o segundo maneja ferramentas mais complexas, no interior da Terra.(Trecho de minha dissertação de mestrado).

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CIDADE: PEDRO II - A Terra da OPALA, PIAUÍ, Brazil
Professor Mestre, autor (dentre outros livros) de "Lendas da Cidade de Pedro II", Estripulias de Rosa Doida", "Poemas na Pele", coletânea "Minha Terra Nossa', vencedor de diversos concursos de poesia; poemas editados por Cineas Santos, poemas publicados no BLOG DO NOBLAT. Membro da Academia Pedrossegundense de Letras e Artes. Professor Universitário. Promotor cultural, poeta.Pesquisador. Amante da Terra da Opala. Estudioso da Cruviana.Professor mestre, poeta, escritor, autor de "Lendas da cidade de Pedro II", e "Estripulias de Rosa Doida", dentre outros. Este é um espaço para quem quer saber o que estou escrevendo, pensando, fazendo, imaginando. Mas não de modo egocêntrico. Falo de mim para falar do mundo, esse mesmo aí de fora do qual você também faz parte. Ah, o GETIRANA é por conta de meu avô materno BIDOCA GETIRANA, um gênio (já falecido). Pedro II -Piauí- Brasil. Bem-vindo(a). Contato: ernani_lima@ig.com.br TWITTER: @Getirana